A Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) considera o vegetarianismo como um regime alimentar que excluí produtos de origem animal. Existem variações do termo que são aceitas pela sociedade, cada qual abrangendo determinados produtos: Ovolactovegetarianismo, lactovegetarianismo, ovovegetarianismo e vegetarianismo estrito (não utiliza nenhum produto de origem animal na alimentação)¹. O veganismo por sua vez, extrapola o campo da alimentação, sendo definido pela Vegan Society como uma filosofia e modo de vida que excluí, na medida do possível, qualquer forma de exploração e crueldade animal para alimentação, vestuário e outros propósitos. Em relação a parte dietética, isso significa a exclusão de qualquer produto derivado total ou parcialmente de animais².

Dietas vegetarianas – pontos de atenção:

Quando falamos de dietas vegetarianas, alguns nutrientes merecem atenção especial. São eles: vitamina B12, ferro, zinco e cálcio³. Por não existirem fontes de vitamina B12 de origem vegetal, os adeptos devem ingerir alimentos fortificados ou suplementá-los. Recomenda-se que adultos estejam com os níveis sanguíneos de B12 acima de 490 pcg/mL⁴. Quando não alcançado, o profissional nutricionista pode fazer a prescrição diária de até 1.000 mcg por dia⁵.

Em relação a absorção de ferro e zinco, recomenda-se a ingestão de alimentos ricos em vitamina C (ácidos orgânicos), como ácido cítrico, málico, tartárico e no caso do ferro, o betacaroteno. Já a respeito do cálcio, o fosfopeptídeo de caseína (proteínas presentes em ovos, leite e queijos) e o ácido fítico devem ser evitados na medida em que atuam como fatores inibitórios da absorção^{6, 7}. Para a redução do ácido fítico, recomenda-se o remolho de feijões e cereais integrais por 8 a 12h antes do cozimento⁷. Para o ferro, a ingestão conjunta de polifenóis como taninos e catequinas, presentes em chás, vinho e café, podem também inibir a absorção do mineral⁶.