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Tendências alimentação e nutrição

Clean label: Conheça mais sobre essa tendência em rápida expansão

Cada vez mais a preocupação com saúde ganha relevância no Brasil e no mundo, e o impacto da alimentação nos desfechos de saúde torna-se evidente. Essa percepção vem aumentando a busca por produtos mais saudáveis, e com isso, a tendência denominada “clean label” ganha força.

Embora agências reguladoras de diferentes países como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA-BR), a Food and Drug Administration (FDA-EUA) e a The European Food Safety Authority (EFSA-UE) ainda não tenham estabelecido um consenso para a definição do termo clean label, ou rótulo limpo, traduzindo para o português, esse movimento é norteado por alguns princípios comuns1.

Os produtos devem apresentar uma linguagem clara e compreensível ao consumidor, sem ingredientes por eles desconhecidos e evitando a utilização de termos técnicos de difícil entendimento que tragam a percepção de artificialidade, menor segurança e menor saudabilidade, tais como aditivos alimentares e compostos fontes de nutrientes. Produtos que seguem essa tendência tendem a ter uma lista de ingredientes mais enxuta.2, 3

É comum também a presença de alegações compreendidas pelos consumidores como positivas, tais como ausência de hormônios, transgênicos, glúten, lactose, presença de ingredientes com propriedades funcionais e orgânicos3-5.

O movimento vem se popularizando e apresenta tendência de crescimento positiva. De acordo com dados da Euromonitor, para 2020, a estimativa de valor obtido pela venda global de alimentos denominados clean label foi de U$180 bilhões2. Em 2018, metade dos lançamentos globais de alimentos e bebidas que integram esse movimento se concentraram nas categorias de molhos e temperos, produtos de panificação, refrigerantes, snacks, produtos lácteos e pratos prontos2

Quem ganha com esse crescimento são os consumidores!

Com o aumento do mercado, ocorre a movimentação das indústrias no sentido de produzir alimentos que se encaixem nos princípios do movimento e como consequência, temos o surgimento de produtos com rótulos mais simples, compreensíveis e saudáveis para os consumidores.

Referências

1

ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGIL NCIA SANITÁRIA. Categorização De Ingredientes Derivados De Vegetais: Documento De Base Para Discussão Regulatória, 15 de maio de 2020. Disponível em: http://antigo.anvisa.gov.br/documents/33880/5833856/Documento+de+base+sobre+clean+label/118597ab-a9d8-4a14-af3e-39b5f4a88388?version=1.0. Acesso em: 24 de nov. 2021.

2

Institute of Food Technologists. Clearing Up Clean Label Confusion. Food Technology Magazine, 74 (2), 2020. Disponível em: https://www.ift.org/news-and-publications/food-technology-magazine/issues/2020/february/features/clearing-up-clean-label-confusion. Acesso em: 24 de nov. de 2021.

3

Aditivos e ingredientes. Entrevista: John Madden. O mercado mundial de ingredientes. Revista nº 133, 2016. Disponível em: https://aditivosingredientes.com.br/upload_arquivos/201610/2016100995651001477573222.pdf. Acesso em: 24 de nov. de 2021.

4

Ingredion. The Clean Label Guide to Europe. 2014. Disponível em: https://www.ingredion.es/content/ingredion/emea/Campaign/Clean-Label-Guide.html. Acesso em: 24 de nov. de 2021.

5

Global Food Forum. Consumers’ Focus on Health and Wellness Drives Clean Label Demand. Clean Label Conference Magazine. 2018. Disponível em: https://www.globalfoodforums.com/wp-content/uploads/2018/07/2018-Clean-Label-Conference-Summary-web.pdf Acesso em: 24 de nov. de 2021.

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